O Verkhovna Rada (parlamento ucraniano). Foto de stock: Getty Images
O Verkhovna Rada (parlamento ucraniano) apoiou a ratificação do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional (TPI) na quarta-feira.
Fonte: MP Yaroslav Zhelezniak no Telegram, conforme relatado pelo European Pravda
Detalhes: 281 deputados votaram a favor desta decisão.
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Antes da votação, os parlamentares receberam cartas de apoio do Estado-Maior e de Kyrylo Budanov, chefe da Inteligência de Defesa Ucraniana.
O presidente Volodymyr Zelenskyy apresentou um pacote de projetos de lei à Verkhovna Rada para ratificar o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional na quinta-feira, 15 de agosto.
A ratificação do Estatuto de Roma do TPI pela Ucrânia significará a plena adesão da Ucrânia ao Tribunal Penal Internacional.
A Ucrânia está ratificando o Estatuto de Roma com uma declaração separada, sob a qual, por sete anos após a entrada em vigor da lei de ratificação, “a Ucrânia não reconhece a jurisdição do Tribunal Penal Internacional sobre seus nacionais por crimes sob o Artigo 8 do Estatuto de Roma”. Ainda não está claro como essa disposição funcionará, dado que a Ucrânia já concedeu ao TPI o direito de investigar crimes cometidos em seu território.
Vale a pena notar que a Ucrânia planeja aderir à versão atualizada do Estatuto do TPI, que também inclui o Artigo 8 bis, que surgiu como resultado das chamadas Emendas de Kampala de 2010 e prevê a responsabilidade pelo crime de agressão. No entanto, a ratificação é retrospectiva (ou seja, não retroativa), e a responsabilidade não se aplica a países que não ratificaram as Emendas de Kampala (incluindo a Rússia, que não é membro do TPI).
Portanto, para levar a liderança russa à justiça pela agressão em 2022, a Ucrânia continuará trabalhando na criação de um tribunal especial.
O Gabinete do Presidente explicou que a ratificação do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional daria à Ucrânia mais ferramentas para levar os criminosos de guerra russos à justiça.
A Ucrânia assinou o Estatuto de Roma em 2000, mas não o ratificou desde então, embora uma decisão do Conselho de Segurança e Defesa Nacional em 2015 tenha reconhecido a necessidade de ratificação. Um dos motivos apresentados foi o medo de que o TPI pudesse processar cidadãos ucranianos.
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