ANINHADO nos amplos jardins de um palácio opulento está um pedaço vivo da história: o Tiergarten Schönbrunn, o zoológico mais antigo do mundo em operação contínua.
Mas o zoológico de Viena, com 272 anos de existência, tem um passado sombrio, onde seus visitantes viram uma onça atacar fatalmente seu tratador e um elefante esmagar um tratador até a morte.

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Fundado em 1752, as origens do Tiergarten Schönbrunn estão imersas na grandeza da dinastia dos Habsburgos na Áustria.
Em meados do século XVIII, o Imperador Francisco I tentou criar um zoológico que rivalizasse com os de outras cortes europeias.
Ele encomendou a construção do zoológico dentro do Palácio de Schönbrunn, que era então a residência de verão da família imperial.
O que começou como uma coleção exclusiva de animais exóticos logo se tornou um símbolo de poder e prestígio, exibindo criaturas do mundo todo em uma época em que tais visões eram um privilégio raro.
O layout do zoológico, projetado pelo arquiteto da corte Jean Nicolas Jadot de Ville-Issey, foi revolucionário para a época.
No seu centro havia um pavilhão octogonal central, de onde 13 caminhos se irradiavam como os raios de uma roda, levando os visitantes a vários recintos.
Este projeto permitiu uma visão panorâmica dos animais e, surpreendentemente, grande parte desta estrutura original permanece intacta até hoje.
Passear pelo zoológico é como voltar no tempo, com elementos arquitetônicos barrocos servindo de pano de fundo para a diversidade de vida selvagem.
UM PASSADO NEGRO
Embora o Tiergarten Schönbrunn de Viena seja celebrado como o zoológico mais antigo do mundo e um líder em conservação, ele também tem uma história mais sombria, principalmente durante o século XX.
Este capítulo sombrio está intimamente ligado aos eventos da Segunda Guerra Mundial e à ascensão do regime nazista.
Durante a era nazista, o Tiergarten Schönbrunn, como muitas instituições pela Europa, foi cooptado pela ideologia e pelos esforços de guerra do regime.

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O zoológico se envolveu na máquina de propaganda do Terceiro Reich, que tentou usá-lo como uma ferramenta para promover suas visões de pureza racial e superioridade.
Os nazistas viam os zoológicos como mais do que apenas lugares para exibir animais; eles também eram vistos como instrumentos para promover sua ideologia.
No Zoológico de Schönbrunn, isso se manifestou de maneiras perturbadoras.
O regime usou o zoológico para promover suas teorias raciais, traçando paralelos entre a criação de animais e a eugenia humana.
Essa abordagem justificava suas crenças na hierarquia racial e na necessidade de “purificar” a raça humana.
Embora o zoológico em si não estivesse diretamente envolvido em experimentação humana, a atmosfera geral da época confundia os limites entre criação de animais e eugenia.
A tragédia também envolveu a história do zoológico nos últimos tempos, depois que dois funcionários foram mortos por animais nos últimos quinze anos, relata o Culture Trip.
Em 2002, uma tratadora foi atacada enquanto alimentava as onças, e a tragédia foi observada por milhares de visitantes aterrorizados.
Três anos depois, o horror atingiu o zoológico mais uma vez quando um tratador chamado Gerd Kohl estava dando banho em um elefante em seu recinto quando o animal o atacou e o matou na frente de espectadores.
Ativistas dos direitos dos animais que duvidam das alegações do zoológico de estar envolvido em esforços de conservação também atacam regularmente o Tiergarten.
A manutenção de animais em cativeiro é uma questão controversa que há muito tempo gera intenso debate, com milhões de turistas visitando o zoológico todos os anos, vindos de todo o mundo, apesar dessas preocupações.
UMA ATRAÇÃO PRÓSPERA
Hoje, o Tiergarten Schönbrunn abriga mais de 700 espécies, desde majestosos elefantes africanos até leopardos-das-neves.
O zoológico é dividido em zonas temáticas que guiam os visitantes por diferentes ecossistemas, desde os reinos gelados do Ártico até as densas selvas do Sudeste Asiático.
O recentemente reformado Polarium, por exemplo, oferece uma experiência imersiva no mundo dos ursos polares e pinguins, completa com exibições interativas que educam os visitantes sobre os efeitos das mudanças climáticas.
Uma das atrações mais populares do zoológico é o Aquário e a Casa do Terrário, onde os visitantes podem se maravilhar com a diversidade da vida aquática, desde recifes de corais coloridos até criaturas assustadoras das profundezas do mar.
A combinação de exposições educacionais e demonstrações ao vivo ajuda a desmistificar as complexidades dos ecossistemas marinhos.
Nos últimos anos, o zoológico expandiu suas ofertas para incluir experiências interativas, como sessões de alimentação, passeios pelos bastidores e até a oportunidade de passar uma noite no zoológico.
Esses programas são projetados para promover uma conexão mais profunda entre os visitantes e os animais, enfatizando a importância da conservação.

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Fonte – The Sun